O trabalho de perícia que indicará as causas do incêndio que destruiu o barracão da escola de samba Vale Samba, em Joaçaba, no Meio-Oeste de Santa Catarina, começou ainda na tarde de quarta-feira, dia 2. A emissão do laudo tem um prazo de até 30 dias. 1z4x6v
Foram oito horas ininterruptas de combate às chamas, com o envolvimento de guarnições do Corpo de Bombeiros de Joaçaba, Catanduvas e Água Doce. As equipes foram acionadas para a ocorrência por volta das 7h30 da manhã de quarta-feira.
Ao todo, 12 bombeiros participaram do trabalho no local, entre militares e comunitários. A grande quantidade de material inflamável, utilizado em alegorias e fantasias, dificultou o combate ao fogo e contribuiu para a rápida propagação das chamas.
O primeiro tenente André Germanovix comandou a operação e destacou a complexidade e os riscos devido à presença de produtos tóxicos da combustão. Ele também citou o colapso total da estrutura do telhado, o risco de desabamento das paredes e a presença de metais retorcidos como agravantes para os trabalhos, que evitaram a propagação das chamas a imóveis vizinhos, totalmente preservados.
De acordo com o tenente-coronel Ilton Schpil, comandante do 11º Batalhão de Bombeiros Militar de Joaçaba e atual presidente da Coordenadoria de Combate a Incêndio Urbano, ocorrências dessa natureza e magnitude apresentam um grau de dificuldade elevado, além de um potencial risco à integridade física dos bombeiros.
“A alta concentração de materiais inflamáveis, na grande maioria derivados de petróleo, como isopor, espumas, plumagens e tecidos sintéticos que compõem as fantasias, carros alegóricos e outros adereços, geram chamas de alta intensidade, com poder calorífico que pode chegar a 1000ºC e velocidade de propagação elevada, sem contar a presença de produtos da combustão altamente tóxicos, como o monóxido de carbono (CO), dióxido de enxofre (SO2) e cianeto de hidrogênio (HCN)”.
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