Muita gente ainda acredita que propósito tem a ver com encontrar a profissão ideal, a carreira dos sonhos, ou um talento extraordinário que vai mudar o mundo. Mas propósito não é um destino. É uma direção. É a nossa bússola interna. 1k2t4c

Propósito é o que nos move. É aquilo que dá sentido à vida — mesmo nos dias comuns, mesmo nos silêncios, mesmo quando nada parece extraordinário. Ele não precisa ser grandioso aos olhos do mundo, mas precisa ser verdadeiro aos olhos da alma.

No olhar sistêmico, percebemos que muitas vezes deixamos de seguir nosso verdadeiro propósito por influencias externas, principalmente pelo ambiente familiar. Estamos presos a histórias que não nos pertencem, para sermos leais a nossos pais, destinos herdados, expectativas que nos afastam daquilo que realmente é nosso. Sem perceber, amos a viver tentando compensar os vazios dos nossos pais, ou realizando os sonhos que foram deles, e esquecemos de perguntar: o que toca meu coração de verdade?

Estudos indicam que ter um propósito claro está associado a maior bem-estar, motivação e satisfação pessoal. Quando nossas ações estão alinhadas com nossos valores e crenças, sentimos que nossa vida tem significado, o que nos impulsiona a enfrentar desafios com mais determinação.

Portanto, ao invés de buscar uma profissão que defina nosso propósito, devemos nos perguntar: "Quais são meus valores? O que me move? Como posso contribuir para o mundo de forma significativa?" Essas reflexões nos ajudam a traçar uma direção alinhada com nossa essência, permitindo que vivamos de maneira mais plena e autêntica.

O propósito não se revela de forma mágica ou repentina. Ele se mostra quando silenciamos o barulho externo e olhamos com coragem para dentro. Ele mora naquilo que nos traz paz, mesmo quando exige esforço. Está presente nas escolhas que nos alinham com quem somos, e não com quem esperam que sejamos.

Às vezes, ele aparece na forma de um gesto simples, uma escuta atenta, um serviço silencioso. Outras vezes, se manifesta como uma mudança de vida, uma virada de página, um salto de fé. Mas, seja como for, ele nos aponta uma direção. E seguir por ela é um ato de fidelidade à própria essência.

Por isso, ao invés de perguntar “qual é o meu propósito?”, talvez possamos perguntar: em que direção meu coração sente paz?